A Páscoa é a celebração mais importante do calendário católico. Mas antes dos chocolates e das mesas fartas, a Quaresma convida à reflexão.
Um dos costumes mais conhecidos desse período é evitar carne vermelha. Mas por que o peixe fica liberado?
Lá atrás, na antiguidade, a carne vermelha era símbolo de abundância e festa. Abrir mão dela reforçava a ideia de simplicidade e sacrifício. Mas a explicação vai além. Na Bíblia, São Paulo já diferenciava os tipos de carne, separando as de aves e mamíferos das de peixes.

No século XIII, São Tomás de Aquino acrescentou que alimentos "estimulantes" – como carne bovina e de aves – eram evitados por supostamente aumentarem os prazeres mundanos.
O peixe, por sua vez, foi considerado uma escolha mais modesta e passou a ser o protagonista das refeições nesse período.
Embora não seja uma regra obrigatória, substituir certos alimentos na Quaresma traz um significado especial: um momento de humildade, gratidão e preparação para a Páscoa.
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